terça-feira, 28 de julho de 2009
As reticências valem mais do que um ponto
domingo, 12 de julho de 2009
Notas sobre uma Saga
E Amanheceu. O Céu cumpriu com sua rotina, e após o Crepúsculo, o nascimento da Lua, sua junção com o Sol, amanheceu.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Medo é...
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Ainda existem (E)stórias?
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Amor é...
domingo, 31 de maio de 2009
Rosa Branca
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Era uma vez...
Muitas históricas começam com uma simples frase. E essa simples frase surge carregada com um forte sentimento simbólico de fantasia.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
O que será?
Outro dia o poeta se perguntou se o céu estaria alí naquela manhã de chuva. Depois se perguntou o motivo de tal indagação.
terça-feira, 12 de maio de 2009
Sentimento Cinematográfico
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Playlists Infinitas
O músico então percebeu que aquela playlist precisaria ser apagada. Não poderia continuar com aquela dor. As músicas, que antes haviam lhe dado tanta alegria, agora pareciam facas cumprindo sua função. Cortar.
Sentiu que ao apagar aquela lista, poderia sumir com a sensação também. Mal sabia ele que não era tão fácil como parecia.
As músicas cumpriam literalmente seu dever. Cada acorde, cada nota, e cada palavra (para aquelas que possuiam essa opção).
Mas o músico, não no sentido literal, e sim como "àquele que gosta de música", ao ver a tal lista, sentia-se vazío.
A dor era a eterna sensação. A dor de ser obrigado a apagar uma memória. A música deveria ser re-significada. O abraço de um vampiro e o sorriso de um amigo e mais nada.
Esperava o momento de ver o brilho. Esperava o brilho. E olhava para o céu. Sentia o coração pulsando em conjunto com os acordes daquela lista.
O poeta artista músico tentava olhar para aquela partitura. Tentava desvendar aqueles símbolos diferentes que sustentavam a alma, e o coração. O Coração imaginário de uma noite fria de outono.
O problema é que acordava sempre com o coração quebrado. Um ensinamento judáico diz que o mundo fora feito de partes, e os seres humanos seriam os responsáveis para integrar essas partes. O músico almejava encontrar a parte daquilo que não tinha. Não saberia quando, nem onde e muito menos como encontraria, mas tinha fé. Lutava com a fé, que poderia mover montanhas. Mas sabia, que poderia usar apenas seus versos. Seus versos simples. Nada de riquezas nem flores. Apenas seus versos.
Então, ao esperar a essência da música. Sentiu a catarse. E cumpriu com o seu dever. Com apenas um botão, realizou sua função. E deletou. Apagou.
O estranho, é que não ouviria mais aquelas músicas, mas os sentimentos não haviam mudado. Eles ainda estavam com ele, assim como aquelas listas. Aquelas eternas listas, aquelas eternas músicas, acordes, melodias. Aquelas infinitas lembranças... lembranças...
sexta-feira, 24 de abril de 2009
O Artista Apaixonado
O piano é som que a alma precisa. É a ilusão que o coração procura.
São as contradições que culpariam a rotina do ser. Mais ainda, as existências do homem.
domingo, 5 de abril de 2009
Crepúsculo (dos Deuses?!?!)
sábado, 4 de abril de 2009
Braços Abertos
Ele me recebeu de braços abertos. E ainda colocou um belo arco-íris na entrada da cidade.
O Rio de Janeiro é a Cidade Maravilhosa. Possui um coração em forma de lagoa e esconde segredos muito bem guardados.
Fui ao Rio. Meus presentes de aniversário foram passeios pela cidade. Desde o Corcovado, o Bondinho, a calçada famosa de Copacabana, até Ipanema.
Andei pela Praia de Ipanema da forma mais clichê possível: Ao som de "Garota de Ipanema" (Versão Tom Jobim e Frank Sinatra); coloquei meus pés na calçada famosa de Copacabana - Princesinha do Mar e deixei-me levar pelas ondas.
Fui ao Cristo. E recebi seu abraço. Senti a emoção percorrer fundo pela coluna e eriçar os pêlos. Foi algo maior do que a religião. Foi algo novo. Fazer parte de um patrimônio da humanidade. Andei nos dois (sim 2) bondinhos do Morro da Urca e Pão de Açucar (lugar de gente infeliz, feliz, triste, alegre...) e percebi como somos pequenos na imensidão da terra.
Subi em mirantes, e quanto mais subia, minha pequena peregrinação tomava forma. Questionamentos sempre surgiam, e mudanças dos meus valores aconteceram.
O dia seguinte foi em Petrópolis. Cidade Imperial, sede do Museu Imperial. Da Coroa do Brasil.
A Coroa do meu povo. Daqueles que juntos de mim, tentam batalhar por um país justo e democrático. A Coroa não é minha. Não foi de D.Pedro I e nem de D.Pedro II. A Coroa do Brasil é do Brasil. É de todos nós. É o símbolo máximo de que podemos nos elevar. A Coroa do Império obrigou-me a me ver como habitante ativo de meu país. E me emocionou.
Mais a frente, deparei-me com uma carta. No quarto de Princesa Isabel (ainda dentro do Museu). Ao lê-la, percebi que estava de frente à Lei Áurea. Outro ponto essencial no dia de hoje. Com aquele documento, de uma folha, extinguia-se um modelo de convivência há muito solicitado. Com algumas simples palavras, expressava-se o desejo de sermos todos iguais. Foi o começo, de uma luta que vem até hoje. E me emocionei.
Atrás de nosso Hotel, estava o Palácio do Catete, e consequentemente, o Museu da República. Fui da República ao Império (e não ao contrário) em menos de um dia. Entendi que a história é mais viva, pulsante, do que imaginava, e que ela se encontra nos pequenos detalhes. O traje Majestístico era verde e amarelo; assim como sua coroa. A Coroa que simbolizava a NOSSA ânsia pelo descobrimento, pelo desenvolvimento, e pela paz. E me emocionei.
O garoto encontrou o maestro na praia e juntos foram ao Largo. Lá, avistaram o Poeta, que escrevia em seu livro "Olhos de Ressaca" enquanto olhava para o mar à sua frente. E se emocionou.
A emoção foi o ápice desta visita. Em todos os momentos, emociononei-me ao me ver subindo e ampliando minha consciência. O Frio na barriga foi intenso ao adentrar pelas portas da Catedral e ver que o Imperador deitava-se alí em minha frente. Separado apenas por uma grade, estavam eu, um brasileiro que não desiste nunca, de um outro brasileiro, que ajudou a sustentar a tradição deste solo que piso.
O Rio de Janeiro serviu de palco para descobertas. Para aprendizados e acima de tudo para reflexões. Reflexões que pediram a junção da mente, do corpo e do coração.
E o aniversário tornou-se apenas o pretexto para que tal fusão pudesse ocorrer...
terça-feira, 31 de março de 2009
Sonho de uma música
Mas não era isso que queria. Que desejava.
O sonhador, assim como o Trovador, conhecia a dor. Ele pelo som. O outro pelo trovão.
domingo, 29 de março de 2009
Amor e Pétalas
sexta-feira, 27 de março de 2009
O Labirinto do rapaz
Hoje o rapaz viu o labirinto. Hoje o rapaz sentiu as curvas perigosas daquele local. Hoje ele se deparou com a sua solidão.
Hoje, e apenas hoje o o trovador, o poeta, o herói, o garoto e rapaz se depararam com o mesmo labirinto. Com as mesmas curvas. Com os mesmos obstáculos.
Com a mesma solidão. E apenas por hoje, decidiram se unir para batalhar contra ela. Isso tudo foi hoje. Hoje o rapaz não viu a lua. Mas também não viu o sol.
Hoje, apenas hoje o trovador, o poeta, o herói, o garoto e o rapaz se depararam com o mesmo labirinto. E perceberam que possuiam as mesmas respostas das diferentes perguntas que procuravam.
quarta-feira, 25 de março de 2009
VagaLumes
Ele olhou pro céu. E não entendeu absolutamente nada. Como aquelas estrelas não poderiam estar mais ali? Se estavam! Não estava ficando louco, ou pelo menos achava isso.
Tentava compreender aquele fenômeno, mas não conseguia. Queria racionalizar aquele momento, mas a poesia era tamanha, que não foi possível.
O menino então sentou no chão, e olhou o horizonte. Via pequenos brilhos, faixos de luz lá na escuridão do céu. Lembrou-se imediatamente dos Vagalumes. Seres que piscavam.
As estrelas eram os vagalumes do mundo superior. As estrelas eram a prova que existia vida no céu. E que o Universo sim, poderia ser infinito. O menino acredita que o Universo poderia ser o local comum à todos. E a tudo.
A vida do menino era grande. Tão grande quanto a imensidão do Universo. Tão grande quanto o brilho daquelas estrelas.
O menino não fez mais nada. Ficou em seu lugar e apenas observou. E nesse movimento, lá longe novamente, viu uma estrela cadente. E com isso, o céu derramou uma lágrima. Aquele menino nunca mais foi o mesmo. Presenciou o choro do céu. Presenciou a catarse do universo.
O céu chorou. E naquele momento, o menino descobriu o seu universo interior, particular, e acompanhou-o nesse movimento. O Universo, lá longe, no alto, no céu e o menino tão pequeno, tão lá longe, na terra. Os dois juntos, em uma grande serenata.
segunda-feira, 23 de março de 2009
O Herói da História
O Herói, o protagonista, o personagem principal de sua história, queria mesmo que a vida o surpreendesse. E que tudo aquilo que certa vez o deixou enfraquecido, fosse embora.
O Herói se escondia debaixo de sua própria armadura. Sua lança enorme afastava tudo e todos, e seu escudo blindava sua visão.
Pessoas que passavam. O Herói sentia-se sozinho. E a solidão apenas aumentava quando percebia que o rumo de sua vida o levava para a solidão. Não acreditava em destino, ou melhor, acreditava que era dono do próprio destino, e como tal, conseguiria ele mesmo mudar o rumo de sua vida.
sábado, 21 de março de 2009
Eclipse
Encontravam-se todos os dias, em horários determinados e passavam as horas mais alegres juntos. Ele saia para caçar, ela cuidava de outras mulheres, as anciãs da aldeia.
Mas em todas as Lendas, em todas as histórias, existe a força contrária à dos protagonistas. E nesta lenda não seria diferente. Era personificada pela feiticeira da tribo, e uma das mulheres mais respeitadas de toda a redondeza. Guardava um amor secreto e doentio pelo guerreiro, porém, sabia que não poderia nunca expressar-se para ele. Deizer-lhe o que realmente sentia. Os deuses não haviam preparado aquele destino para ela.
Via todos os dias os dois se apaixonarem cada vez mais. E aquele sentimento de não-pertença tornava-se cada vez maior. Se o Guerreiro não fosse dela, não poderia ser de mais ninguém.
Chamou todos os sacertodes, realizou todos os feitiços possíveis, com a intenção de separar aquele amor. Aquele sentimento responsável por suas lágrimas. E pediu. Em suas preces, pediu a separação, o coração partido daqueles amantes. A angústia e a dor. E conseguiu.
Na manhã seguinte, um astro, um círculo flamejante surgia no céu. Com seus raios fortes, investia força nos seres vivos, que começavam um novo dia de vida. E assim ficou. Cada momento que passava, percebia-se que o Sol, nome dado àquele objeto, chegava mais perto da montanha no horizonte. E ele era responsável em levar com ele a claridade e trazer a escuridão. Até que ele se apagou totalmente no céu.
A população indígena sentia-se surpresa. Um outro objeto surgia no céu. Uma esfera clara, que parecia chorar lá no alto, apresentava-se pela primeira vez naquela escuridão. Suas lágrimas brilhavam junto dela, em forma de pequenas estrelas. Novamente a tribo nomeu tal objeto, dessa vez com o termo Lua. E assim, igual ao Sol, cada momento que passava, a Lua chegava mais perto da montanha.
Os outros indígenas então, perplexos com tamanha novidade, deram conta que faltava o casal mais apaixonado que aquela tribo já conhecera. E foram à procura. Nada. A busca durou vários dias e várias noites. Eram abençoados pelo Sol e pela Lua.
A Feiticeira sabia o que havia acontecido. E sentia-se feliz por sua ação. Os dois nunca mais iriam passar um momento juntos. Enquanto ele estivesse no céu, ela não poderia estar. E ao adormcer, era o momento dela brilhar.
O Cacique, usando sua experiência adquirida com os anos, e entristecido com sumiço de sua filha, ao olhar para céu, pediu ao deuses que trouxessem o casal de volta. Nesse momento, uma lágrima da Lua caiu ao seu lado, e ele teve certeza do que havia acontecido.
Os deuses então, apresentaram uma solução. Aquele encantamento fora feito de tal maneira, que a única pessoa capaz de quebrá-lo seria a feiticeira. Porém, eles criaram um fenômeno, um acontecimento que duraria alguns minutos e que aconteceria de tempos em tempos. Deram o nome de Eclipse, a junção do Sol com a Lua.
Nesse momento, os dois poderiam se ver novamente. Poderiam sentir-se juntos, como um ser só novamente.
E o eclipse tornou-se o momento de expressão daquele amor. Daquele sentimento repreendido pela inveja e pelo individualismo.
Até hoje, olho para o céu com a esperança do Eclipse. Com a expectativa de que os dois amantes poderão se reencontrar e que o tempo irá parar apenas por alguns minutos para contemplar seu amor.
quinta-feira, 19 de março de 2009
A Flauta e o Sonho
Sonhava com a flauta. E para ele, simbolizava a busca de sua essência. De sua totalidade.
Através da espiral, o poeta ia se desenvolvendo. Ia aprendendo sobre a vida, sobre os sentimentos. Queria descobrir os verdadeiros sentidos das coisas. Mas algo dizia que era querer saber demais. Querer saber demais!
O Poeta juntava palavras e as transformava em pensamentos. Utilizava-se de sua intuição para criar o sentimento. Sempre de maneira introvertida. Sempre. E o mundo era perfeito. Em seus sonhos, que só terminavam quando acordava, o mundo era perfeito.
E o caminho do Poeta proseguia. Os pensamentos cada vez mais levavam-no para longe da janela de seu quarto. E o passarinho aprendia a bater as asas. E percebia que as flores pareciam conosco, pois éramos sementes do que estava por vir.
A flauta era o símbolo da musicalidade perdida da vida. O sonho era o desejo de voltar a encontrá-la. E o Poeta, era o meio termo. A flauta era o impulso. E o sonho, o objeto desse impulso.
Texto Baseado na Música: Sonho de uma Flauta (O Teatro Mágico)
quarta-feira, 18 de março de 2009
O Trovador... (Ou o Re-início)
O Trovador escreve e canta o sentimento da humanidade. Em suas palavras canta tristeza, alegria, raiva e melancolia. Em seus versos, apresenta as imperfeições do ser. E em seu pensamento, acredita na vida.
A Vida é a essência daquilo que temos. A Vida é a unidade indivisível da existência. A Vida é a matéria-prima bruta do trovador.
Com a força de um trovão, o poeta entende a dor. Poeta que sente de longe o próprio sentimento como um trovão. Que elabora a dor. Que se transforma em humano.
O Palhaço se esconde atrás da máscara e o Trovador, atrás da Poesia. Faz dos versos seu castelo e do sentimento, idealiza seu amor. "O poeta é um fingidor" já dizia o mestre. O poeta é um trovador, digo eu. Fica cara a cara com a dor e finge dominá-la. Mas não consegue; e finge tão bem, que volta a sentir aquilo que nunca parou de sentir.
A vida virá nos olhos daquele que sente a lágrima da alegria da vida. E o Trovador diz, com os olhos marejados: "Quero-te como um cavaleiro que sobe montanhas, batalha contra dragões para poder te encontrar. Quero-te como a última lágrima de meu olhar. Quero-te pois meu coração não precisa mais procurar. Quero-te tanto, e tanto, e tanto, que o desejo de querer-te é o que faz minha alma chorar. Quero parar de buscar aquilo que já encontrei."
E com estas palavras, a vida se renova, e este novo Balaio prepara-se para abrigar novas idéias. E a vida prossegue...