quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O Prazer de sua Companhia

Iniciou com um poema, e partiu para a música. Não era comum realizar tais atos, mas o poeta se surpreendeu. Não lhe vinham palavras para expressar o desconforto, e a frustração apenas aumentava com o passar do tempo.

O Prazer de sua Companhia, pensava. O Prazer de sua Companhia. E prosseguiu com a poesia.

Mas nada mais haveria de sair daquelas linhas mal escritas. Nada mais haveria de acontecer naquela música mal formulada.

Nada mais haveria de acontecer, pois não havia de ser nada. A madrugada havia apenas começado, pois a lua não havia se posto. E continuava a brilhar no céu.

O Teatro diria que os sonhos estavam na UTI. Mas o poeta pensava que não haviam sonhos. Apenas pequenas explicações que fizessem sentido aquela música. E aquelas palavras.

O silêncio tomou conta do ambiente e calou as vozes daqueles que nunca falavam. Apenas sentiam, mas isso, infelizmente, o silêncio não poderia encerrar.

E o sentimento obrigou o poeta a sentir. Lá no fundo, sentiu. E não entendeu. O Prazer da sua Companhia. Como tal filme, que havia aquela música, daquela banda, naquele momento.
Cerrou os olhos. Uma lágrima escorreu pelo canto direito, e o sentimento transbordou seu coração.

Tudo, pelo prazer de sua Companhia.