quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Diálogo unitário

- Nossa, cheguei.
- Não disse que você chegaria?
- Então, agora é começar a viagem.
- Mas sua viagem já começou quando colocou os pés naquele avião.
- Verdade... Verdade...
- Pra onde vai agora?
- Organizei toda a minha viagem. Tenho 6 cidades em 8 dias... correria... mochilão...
- Vai conseguir?
- Claro, por que não?
- Hum, primeira parada?
- Roma - Berço da Humanidade.
- Segunda?
- Florença - Berço do Renascimento.
- Terceira?
- Bolonha - Berço das Universidades.
- Quarta?
- Veneza - Berço da Diferença.
- Quinta?
- Verona - Berço do Romance.
- Sexta e última?
- Milão - Berço da Moda.
- E depois?
- Volto para o início de tudo... A Boa e Velha Coimbra...


E assim, em uma conversa comigo mesmo... eu conheci a Itália.

Fontana di Trevi - Berço da minha viagem

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A Ideia Original

Quando se pensa em Originalidade logo a mente se submete a algo criativo, inovador... original.

Ou então, a algo que veio primeiro, como se todo o restante fosse "não original".

Mas mesmo assim, as vezes me pergunto o que é ser original. Como trabalhar no desenvolvimento de minha originalidade, para crescer na vida.

Somos seres originais. Em todos os sentidos e também em nenhum sentido. Mas somos. Ponto.

Eu gosto daquilo que é original. Desde aquele CD da Trilha Sonora, passando pelo DVD daquele filme, até chegar na sensação que tudo isso causa.

Porque nada se compara ao sentimento genuíno, original que um bom filme pode proporcionar.
Seja ele um drama ferrenho (com direito a litros de lágrimas em mais ou menos 2 horas de exibição), ou um romance totalmente melodramático (Run Forrest Run! - não foi impulsionado pelo amor?), passando por um suspense de gelar a espinha (sem ver "Dead People", por favor) até chegar naquele terror escrachado que te faz pular do sofá (com direito a sopas de ervilha imitando vômito!).

Enfim, a grande ideia por detrás de tudo isso, é o sentimento original que isso causa. E através de um certo instrumento, pode-se viajar e sentir realmente o que o coração manda.

Porque ele sempre manda. Sempre.

E ai, surge aquele momento em que você realmente acredita que a vida não poderia ter feito isso com você. Sabe? Aquela hora em que seus pensamentos te levam involuntariamente para a frase: "IH! FERROU!".

Aquele parte da história, que surge aquela bifurcação, mas que realmente não sabe qual caminho tomar.

Porque a angústia da escolha está na renúncia das demais opções. Porque nossos pensamentos são ações em potencial. Porque sair da zona de conforto, que em muitos casos é a fonte principal de angústia, apresenta-se como extremamente difícil.

E acredito que não são todos que querem ficar na zona de conforto sentindo-se tão angustiados?!?!?!

Mas essa, é apenas mais uma das muitas dicotomias que a vida nos apresenta. Não seria uma crise existencialista se realmente nos sentíssemos confortáveis em nossas zonas de conforto.

Nominho irônico esse...

Ser original é poder sentir essas variações que a vida faz questão de jogar em nossa cara todos os dias. E que alguns filmes, bastante originais, copiam da vida para ilustrarem esses jogos dicotômicos.

E o que fazer para sair daquele sentimento? Daquela ideia original que nos persegue?
O que fazer para transformar aquela ideia original que já está enraizada na sua cabeça, e que não quer mesmo ser mudada?

O que fazer quando todas as opções levam ao mesmo lugar? O que fazer quando parece que suas ações o fazem andar em círculos? O que fazer?

Olhar pra lua as vezes ajuda. Ouvir uma música no último volume do iPod enquanto dá uma volta a pé também ajuda. Escrever num blog as 3:42 da madrugada também é uma boa saída.

Mas não uma resposta. É extremamente difícil encontrar respostas. Mesmo quando já se sabe quais são as perguntas. E ai o por que? se transforma em porque.

Por que o mundo é tão complicado?
Porque sim.

Porque quando você está com o coração partido, o mundo não pára para que você o conserte. (William Shakespeare). E quando saber que ele já está consertado? Quando as pessoas param de perguntar sobre ele? Ou quando ele volta a bater de forma original?

Queria trilhar um caminho original, que não me levasse novamente a Roma (Verona quem sabe), porque sei, acredito... que não são todos os caminhos que levam a Roma.

Nesse meio tempo, ouço uma música olhando para o céu. Para aquela lua que surge com toda a força de um astro. E que pode iluminar um caminho original para este que pensa muito nisso.