domingo, 5 de abril de 2009

Crepúsculo (dos Deuses?!?!)


Existem momentos em que a razão se perde. E a interrogação surge.
Existem momentos em que a vida se transforma. E a sensação se renova.
O Pôr do Sol e o Nascer do Sol são iguais. Nas duas situações, o céu, azul (claro ou escuro) se transforma em um alaranjado raivoso. Forte. Contrastante. É nesse momento que a calmaria se despede. Apenas nesse momento.
Nesse momento a calmaria dá espaço para a destreza, para a força, para a mudança.
O Crepúsculo surge como o divisor de águas no céu. Melhor seria, o divisor de núvens. Surge no momento exato onde o sol desperta, ou adormece.
E a vida se renova. A vida se transforma. A vida ou acorda, ou adormece. A vida se encontra. É nesse acontecimento, que a aurora se expande no céu. E a angústia se apresenta. E a dor se nomeia. E as coisas se concretizam. É na aurora que o pensamento pensa, e que a ação age.
O Crepúsculo é um presente dos deuses. É o Sunset Boulevard dos esperançosos e calmaria dos ansiosos. Mas é também a descoberta do segredo. Do escondido, do desconhecido. E é no Crepúsculo, que a dualidade é deparada.
A dicotomia é exemplificada. E o amor é introjetado.
Os olhos buscam o crepúsculo porque a visão é mágica. É um caos organizado. É o Caos transformado em Cosmos. O Crepúsculo é a sintonia com o interior. E a resposta para as questões angustiantes da vida.
A vida que segue seu rumo, que busca seu equilíbrio constante. E que se perde ao encontrar. A vida, esta tão falada vida, que apresenta a angústia, a dor, a alegria, o reconhecimento, tudo em conjunto, tudo ao mesmo tempo, e que obriga os olhos a desprenderem uma lágrima.
Ela continuou não pensando no poeta. E ele continuou se perdendo em seus Crepúsculos.
A vida não lhe apresentou a surpresa que tanto almejava. Apenas a mediocridade das cabeças ao redor. Em sua busca pelas surpresas que tanto almejava, decepcionou-se com a falta nos outros. E com a falta dela. E ainda que forte, ainda que difícil, ainda que estranho, tentou focar-se em algo que pudesse revolver sua alma. E encontrar a música certa para o momento do Crepúsculo. O difícil seria pensar no que fazer depois. Se iria acordar junto da força do sol; ou se iria dormir junto da melancolia da lua.

Um comentário:

  1. Adoro teu blog!!! Não sei bem de onde te achei, mas acho magnífico oq escreves!!!!!!

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