quarta-feira, 25 de março de 2009

VagaLumes



Ele olhou pro céu. E não entendeu absolutamente nada. Como aquelas estrelas não poderiam estar mais ali? Se estavam! Não estava ficando louco, ou pelo menos achava isso.

Tentava compreender aquele fenômeno, mas não conseguia. Queria racionalizar aquele momento, mas a poesia era tamanha, que não foi possível.

O menino então sentou no chão, e olhou o horizonte. Via pequenos brilhos, faixos de luz lá na escuridão do céu. Lembrou-se imediatamente dos Vagalumes. Seres que piscavam.

As estrelas eram os vagalumes do mundo superior. As estrelas eram a prova que existia vida no céu. E que o Universo sim, poderia ser infinito. O menino acredita que o Universo poderia ser o local comum à todos. E a tudo.

A vida do menino era grande. Tão grande quanto a imensidão do Universo. Tão grande quanto o brilho daquelas estrelas.

O menino não fez mais nada. Ficou em seu lugar e apenas observou. E nesse movimento, lá longe novamente, viu uma estrela cadente. E com isso, o céu derramou uma lágrima. Aquele menino nunca mais foi o mesmo. Presenciou o choro do céu. Presenciou a catarse do universo.

O céu chorou. E naquele momento, o menino descobriu o seu universo interior, particular, e acompanhou-o nesse movimento. O Universo, lá longe, no alto, no céu e o menino tão pequeno, tão lá longe, na terra. Os dois juntos, em uma grande serenata.

Nenhum comentário:

Postar um comentário