quarta-feira, 27 de maio de 2009

Era uma vez...


Muitas históricas começam com uma simples frase. E essa simples frase surge carregada com um forte sentimento simbólico de fantasia. 
O "Era uma vez" é a fantasia que não se pode introduzir na realidade. A questão então, é conseguir definir a realidade da fantasia. 
Gostamos de pensar que a fantasia é aquela cena daquele desenho animado da Disney "A Bela Adormecida", onde a princesa dança com diversos animais fantasiados de príncipe. Ao som de "Foi você num sonho bonito que sonhei... e vai".
Gostamos de pensar que a realidade é aquilo que aparece nos jornais (TV, internet, impresso).
Gostamos de pensar que enquanto a realidade nos amplia a consciência; a fantasia nos aprisiona em nossos desejos.
Até que surge uma nova história. Um novo momento. Um belo significado para interpretar.
E com isso, a fantasia toma o lugar de demonstração da realidade. De interpretadora dos fatos cotidianos. De luz no final do túnel. De possibilidade para a mudança. E nos pegamos compreendendo a realidade através da fantasia.
Os adultos começam as histórias para as crianças com o "Era uma vez..." (Once upon a time... para os mais elitizados). E o início simboliza a compreensão do ambiente. Através do onírico, acordamos para os fatos da vida.
O que seria a vida sem o sonho? Será que agentaríamos as notícias sem a abstração fantasiosa daquilo que assistimos por nossas janelas?
"Era uma vez um sentimento que atravessou séculos, milênios e décadas. Que nem poetas, comediantes ou ilusionistas puderam defini-lo. Mas que é inerente e construído dentro de cada um. Era uma vez o amor. Que une a fantasia com a realidade. Que une os corações com as mentes".
Assim como o Era uma vez inicia nosso processo de abstração, o "Viveram felizes para sempre" o encerra. 
Era uma vez um balaio que chegou a transbordar de tantas idéias mal compreendidas. Mas ao juntá-las novamente, viveram felizes para sempre.

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