quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Guerras

Sempre há guerras pelas quais nós devemos lutar.

Sempre.

E sempre.

Só há guerras, porque um dia, o ser humano conheceu a paz. E hoje, batalha para retornar ao estado pacífico.

Mas, novamente, só fazemos guerras, tempestades nos copos d`água da vida, quando percebemos que devemos lutar.

Somos mesquinhos, egoístas, pois para nós, precisamos arregaçar os braços quando um conhecido e/ou parente é atingido; caso contrário, não é conosco.

A miséria daquele que vemos todos os dias no centro da cidade, não é conosco. A situação complexa (e complicada) da África, sim, uma pena... e... hum... não é conosco também, afinal, vivo na América do Sul.

A guerra dos USA contra o terrorismo, e consequentemente contra o Afeganistão também não é problema  nosso, afinal, apenas os estadunidenses (porque somos todos americanos!) que foram para lá.

Mas existem guerras e existem guerras.
Todos os dias, somos chamados por nós mesmos a batalharmos em algumas guerras diárias. Aquelas que aparecem no nosso dia-a-dia, no nosso cotidiano. E que felizmente ou infelizmente, estão diretamente ligadas ao nosso processo de desenvolvimento.

E nesse contexto, de guerras, batalhas e desenvolvimento. Que o amor surge.
Uma história pode ser contada em uma carta. Em várias cartas, em um livro. Em uma filme, num e-mail. Enfim, pode-se expressar um sentimento de maneiras que o coração desconhece, mas e quando as nossas histórias não saem da forma como a planejamos?

E quando nossa vida, vai por caminhos tão estreitos que acabamos cedendo? O que aconteceria se um amor não resistisse ao tempo? A distância? A falta de contato?

Um amor pode durar apenas pelo diálogo? Pela conversa, mesmo que seja verdadeiramente apaixonada? Mesmo que haja a reciprocidade dos sentimentos e a real sensação de amor ao dizer aquela frase de três palavras tão mundialmente conhecida?

Em Portugal eles ficaram "Juntos ao Luar", no Brasil, tudo começou com "Querido John". Uma guerra que dá pano de fundo para os encontros e desencontros de corações.

Mas diferente daquelas guerras com bombas, armas de fogos e munições. Esta guerra possui apenas um campo de batalha. O próprio pensamento. A própria existência. Uma guerra que acontece na mente. Que obriga o coração a escolher um lado, dizendo que ele não PODE ser igual aos de todas as mães.

Aquela guerra, que no fundo, todos nós nos tornamos soldados, capitães, tenentes, generais. Porque só temos chances de vencer tal batalha, se guerrearmos olhando para o espelho. Para nós mesmos.

Para nós mesmos...

Sempre há guerras pelas quais nós devemos lutar.
E sempre haverão guerras que tentarão destruir nosso coração.

Nenhum comentário:

Postar um comentário